sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Em Nova York, ciclista que falar ao celular enquanto pedala vai levar multa


O telejornal da Globo Bom Dia Brasil desta sexta-feira (14) revelou que em Nova York, nos Estados Unidos, está em estudo um projeto de lei que pretende multar ciclistas que falam ao celular enquanto pedalam. Jorge Pontual informou que o projeto prevê que na primeira infração, o ciclista será obrigado a fazer um curso de segurança, para aprender a obedecer as regras de trânsito. A partir da segunda infração, começam as multas, que irão de US$ 50 até US$ 200.

Uma holandesa que visitava a cidade foi entrevista pelo repórter. Ela disse que na Holanda essa lei já está em vigor há dois anos.

A matéria explica que o objetivo do prefeito de Nova York é zerar as mortes por atropelamento na cidade, e que em 2014 dois pedestres morreram atropelados por ciclistas.
Pode parecer pouco, mas como o número de ciclistas é infinitamente inferior ao número de carros que circulam em Nova York, não é um dado que se deva desprezar. E o bom administrador, gestor de visão, tenta resolver um problema quando ele está surgindo, e não depois que se torna uma catástrofe. Porque parece que o uso da bicicleta como meio de transporte é uma tendência mundial crescente.

Nova York tem uma malha cicloviária respeitável. Mas lá - como na Holanda, pelo pouco que diz a cidadã entrevistada na matéria – os gestores do trânsito também entendem que não basta criar o espaço para o trânsito de bicicletas. É preciso conscientizar o ciclista. É preciso educar, é precisão dar conhecimento e informação. Por isso a inclusão do curso de segurança previsto no projeto, para os ciclistas que forem pegos cometendo a infração prevista.

Se o Brasil pretende acompanhar a tendência do ciclismo, deve ficar atento a essas experiências em curso nas principais cidades mundiais em que a bicicleta já é uma realidade como meio de transporte viável.

Confira, aqui, a matéria exibida no telejornal.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Coluna da amiga - dia mundial da gentileza

Oi pessoas!
Sou a Cris, amiga do Mauro. Acompanho o blog dele e suas postagens sobre bicicletas e trânsito e alternativas e rotas e sonhos e ... Adoro. Mas o menino está assoberbado de trabalho, tanto que hoje sugeri abrir uma coluna minha (sim, sou pretensiosa e muito bedelha) no blog dele.
Enquanto o Mauro é um cara sobre duas rodas em pleno DF, sou mãetorista sobre quatro rodas, com duas cadeirinhas - de criança e de bebê, na cidade de Goiânia. A cada trajeto de carro me surpreendo em como o trânsito anda pauleira e não tão gentil assim.
E hoje por ser o dia mundial da gentileza vou aproveitar para dizer o que penso sobre o conduzir de um carro, uma bike ou um camelo (marido é ciclista também), uma moto, um ônibus, um táxi, uma camionete, uma SUV...
É preciso muita delicadeza para conduzir qualquer meio de transporte! Qualquer. Todos eles são armas letais, pouca gente percebe tamanha agressividade. Muitos curtem modelos, cores, potência, velocidade, quantidade de passageiros (marido quer um carro de 7 lugares e não me pergunte o motivo), status, segurança e mais uma variedade enorme de componentes indescritíveis. Poucos lembram que nosso corpo é frágil e que um simples atropelamento provocado por uma bicicleta em um pedestre pode gerar sérias sequelas, isso para não dizer que albarroamentos entre veículos maiores e menores levam vidas, arrasam famílias...
Por isso digo que delicadeza é básico.
Delicadeza?!? Sim, delicadeza. - Não seria gentileza?
Não... ser delicado reflete no estado atento de conduzir um veículo, usar a seta, ligar o pisca alerta quando necessário, manter distância do veículo da frente (meço no olhômetro, se vejo o pneu do carro da frente), andar dentro dos limites, evitar o uso de celular, dirigir para si e para os demais, é a aplicação do Código Nacional de Trânsito.
Agora ser gentil é outro papo! Gentileza é fundamental!
A gentileza no trânsito começa no momento em que você pode até ter razão em seguir seu caminho, mas abre mão para aquela outra pessoa entrar na fila de carro.
Ser gentil é estacionar de modo que outra pessoa também consiga aproveitar o espaço tão limitado das nossas grandes cidades.
Ser gentil é lembrar que toda mãe ou pai quer pegar seus filhos na porta da escola, mas prefere estacionar um pouco mais longe para evitar engarrafamentos e andar um pouquinho.
Ser gentil é não avançar o sinal vermelho, colocando em risco a sua vida e a vida dos demais.
Ser gentil é estacionar em sua vaga normal e não na preferencial.
Ser gentil é não buzinar quando uma mãetorista liga o pisca alerta por que o bebezinho dela engasgou e ela o está socorrendo.
Ser mais que gentil é abrir passagem para ambulância subindo na calçada se preciso for (vendo se tem pedestres, claro).
Ser gentil é deixar o seu vizinho entrar antes de você sair na garagem.
Ser gentil é mudar sua atitude negativa com o trânsito e passar a ser positivo operante.
Poderia ficar aqui digitando por horas a fio o que é ser gentil no trânsito, mas essa última linha aí de cima já basta. Quando a gente muda nossa atitude e passa a ser gentil no trânsito, até o motorista de ônibus deixa você passar na frente quando é preciso.
Seja gentil, que a paz no trânsito virá como consequência!

*obrigado, amiga Cris, pela colaboração.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

Bicicletas públicas: usuários precisam atentar para segurança no trânsito


As bicicletas públicas se tornaram realidade em Brasília. O projeto, inaugurado em maio deste ano, parece ter agradado parcela da população que viu nas laranjinhas uma ótima forma de transporte (intermodal), de lazer ou mesmo de atividade física. Mas nem tudo são flores, como diria meu velho pai.

Exatamente porque gostei da ideia, tenho prestado atenção nas pessoas que usam as bicicletas públicas. E ao olhar mais atentamente, passei a notar que a boa nova traz problemas que precisam ser enfrentados e equacionados: em determinados horários, a cidade - principalmente a parte central do Plano Piloto - é invadida por ciclistas temporãos que não atentam para os detalhes de segurança necessários para quem pedala no trânsito. São entusiastas, pessoas que abraçaram a ideia de dar umas pedaladas saudáveis pela cidade, mas que não têm conhecimentos sobre os cuidados necessários para que sua opção não se torne um risco, para si e para os outros.

Tenho visto ciclistas laranjas na contramão, ciclistas atravessando faixas de pedestre sozinhos montados nas bikes, ciclistas descendo calçadas em frente a cruzamentos sem atentar para o trânsito, ciclistas no meio da rua falando ao celular enquanto pedalam entre os carros, e outras situações preocupantes. E muitos sem usar capacete ou qualquer outro tipo de proteção.

Aqui mesmo, em frente ao prédio do TRT-10 (virado para a Rodoviária), olhando pela janela, vejo ciclistas laranjas atravessando a pista em frente a uma curva cuja visibilidade é bem baixa, por conta de carros estacionados em fila dupla (alô, Detran!). Esta curva já é perigosa para carros e pedestres, por falta de fiscalização e organização, que dirá para ciclistas desatentos. Essa semana um ciclista atravessou a pista, nessa curva, falando ao celular, e quase foi atropelado por uma van que fazia a curva

Ontem vi um ciclista que atravessou a L2 Sul, num momento de trânsito intenso, na diagonal, no sentido contrário da pista, e seguiu pela contramão na faixa da esquerda.

Creio que seria o caso de o GDF e as empresas envolvidas no projeto (Itaú Unibanco e Samba/Serttel) pensarem em ações de conscientização para os usuários das bicicletas públicas. Campanhas de TV, rádio, e mesmo o contato direto nos pontos de estacionamento das bikes.

Ainda não li ou ouvi nenhuma notícia de acidente envolvendo os ciclistas laranjas, mas pelo que tenho visto nas ruas, se não houver uma conscientização desse público acerca de como se deve conduzir uma bicicleta no trânsito, temo que seja só uma questão de tempo para começarem a pipocar notícias desagradáveis.
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