quarta-feira, 30 de abril de 2014

Seja você a mudança que quer ver no mundo

Quando me deparo com o depoimento de um cidadão de 31 anos que revela não usar automóvel – e que sequer tirou carteira de motorista –, por opção própria, para evitar o dissabor e o estresse de dirigir em áreas urbanas – a esperança em dias melhores no trânsito da capital renasce. Da leitura da matéria pode-se imaginar que o entrevistado tem condição de ter carro, mas depois de testemunhar o estresse causado pelo trânsito em pessoas próximas, ele preferiu se afastar desse caos e investir em qualidade de vida. A matéria foi publicada na edição do Correio Braziliense de ontem (29) e afirma que o trânsito pode ser uma das principais fontes de estresse do brasiliense, de acordo com especialistas.

O entrevistado em questão não ficou esperando que os outros resolvessem o problema. Não esperou uma melhora no trânsito. Não esperou uma mobilização ou revolução social. Não esperou uma ação do governo. Ele simplesmente agiu. Seguiu a máxima do líder indiano e "guerreiro pela paz" Mahatma Ghandi, que dizia seja você a mudança que quer ver no mundo.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Brasília vai parar

Estou me esforçando para reduzir a quantidade de críticas aos sucessivos governos que ocupam o Buriti quanto ao descaso com a área de transporte do Distrito Federal. Quero focar mais em boas práticas, ideias positivas e exemplos de soluções viáveis. Mas não há como deixar de dar o alerta e difundir a matéria de capa da edição desta segunda-feira (28) do Correio Braziliense. O título da matéria já diz tudo: Trânsito caótico vai fazer Brasília parar em 2020.

A matéria repete o que já falei aqui no blog algumas vezes. Enquanto a frota de carros na capital federal – hoje estimada em mais de 1,5 milhão de veículos – não para de crescer de forma quase exponencial (contando ainda com o crédito facilitado pelo próprio governo federal, para aliviar a dura vida das montadoras!), as políticas de mobilidade urbana são insensatas ou inexistentes. Na verdade não se tomam ações voltadas para mobilidade. O que se faz é tentar alargar pistas e construir viadutos, uma forma de tentar acomodar mais carros ao mesmo tempo num mesmo espaço.

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Sk8 - Voltando a ser menino

Há coisa de um mês, numa visita à casa da minha filha, deparei-me com um presente insólito. Um skate longboard. Uau! Nem acreditei. Foi como reencontrar um grande amor da infância. Sem querer, minha filha despertou o menino que existe em mim. Era mais de 11 horas da noite, mas fomos para a rua - eu, ela e o namorado (que também ganhara um skate, dias antes) e minha filha mais nova – brincar com a novidade. Ao deslizar suavemente pelo asfalto, voltei pelo menos 35 anos no tempo. Na Brasília do final dos anos 1970, eu vivia sobre uma prancha e quatro rodinhas, pelas ruas da quadra em que morava, na Asa Sul.

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Rapidinhas sobre mobilidade e ciclismo


O Metrô pelo mundo

A colega Marta Crisóstomo compartilhou, na comunidade “Nós que amamos Brasília”, no Face, imagem de Ricardo Amorim que mostra as diferenças de extensão e capilaridade nos metrôs de grandes cidades do mundo. O Metrô-DF, com seus míseros 42,3 quilômetros de extensão total em apenas dois trechos, sequer aparece no comparativo.

A imagem revela que, enquanto o metrô de São Paulo (sem incluir as linhas de trem) tem 74 quilômetros de extensão, Tóquio possui 304 Km; Moscou 309; Nova York, 368; Londres tem 402 km; e Pequim tem impressionantes 442 Km. E todos com uma capilaridade que impressiona.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Greve dos metroviários mostra fragilidade do transporte público no DF

As consequências da greve dos metroviários no Distrito Federal, que já dura quase 20 dias, mostram a fragilidade, a péssima qualidade e a falta de planejamento e gestão do transporte público na capital brasileira. Se um dos modais deixa de circular por um período, todo o sistema entra em total colapso. Os carros tomam conta das ruas, o trânsito se torna caótico, os motoristas passam a desrespeitar leis básicas, invadindo até mesmo as ciclovias. Os ônibus deixam de dar conta do serviço e os rodoviários também se mobilizam para não terem que carregar o mundo nas costas sozinhos.

Se o sistema não se sustenta nem quando em pleno funcionamento, que dirá quando um dos meios paralisa as atividades! Isso mostra que além de ter sido mal planejado, o transporte no DF segue padecendo de absoluta e indiscutível falta de gestão. Não parece existir uma área de inteligência, algo como um gabinete de crise, pronto a enfrentar o problema com alternativas pontuais até a solução do impasse. Nos piores momentos, antes de o presidente do TRT-10 determinar, no último dia 16, que ao menos 50% dos trens permanecessem em circulação, não se via nenhuma ação dos órgãos distritais – como o Detran -, para minimizar os efeitos da paralisação. Nem os carros nem os agentes amarelinhos estavam nas ruas para garantir um mínimo de fluência e segurança em nossas pistas.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Uma criança pedalando pode ser o caminho para problema da mobilidade

Uma criança andando de bicicleta embaixo do bloco, numa quadra ou em um parque, é sempre uma imagem que me toca. Não só porque lembra a minha infância no interior do Rio Grande do Sul, quando durante alguns dias minha santa mãezinha correu ao meu lado segurando o banco da “Tigrão” enquanto em tentava me equilibrar na bike, e logo eu já dava as primeiras pedaladas em volta do quarteirão... Nossa, quanta aventura. Sentia-me como se estivesse dando a volta ao mundo (acho que meu projeto começou ai...)!

Não é só isso... uma criança pedalando – ou patinando ou andando de skate ou patinetes – me faz perceber que o caminho, a solução para nossos problemas de mobilidade urbana e de conscientização para o uso de meios de transporte alternativos não poluentes e auto sustentáveis pode estar exatamente nas crianças, numa próxima geração. E na educação.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Mobilidade urbana por bicicleta e inclusão social

Parece ser difícil para algumas pessoas entender que a mobilidade urbana por bicicleta tem, além de outras características positivas, um forte viés de inclusão social. Vamos ver se consigo explicar. Sabe o que mais me incomoda em toda essa discussão sobre a mobilidade por bicicleta e os projetos do governo em andamento para o trânsito do DF? É o fato de que enquanto pessoas com algum nível de esclarecimento e razoável poder aquisitivo se batem e enfrentam o poder constituído para tentar reverter o mal crescente que sucessivos governos têm feito à nossa cidade, com projetos viários claramente voltados para atender fins eleitoreiros e pagar as dívidas do último pleito com as grandes empreiteiras, quem mais sofre com tudo isso não são cicloativistas, ciclistas profissionais, atletas, mountain bikers ou a turma do pedal de fim de semana.

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Prejudicar a população é a única forma de garantir direitos?

Dia de greve de metroviários: trânsito caótico em Brasília
Nesta quarta-feira (9) pela manhã, precisei usar o carro para levar minha filha do trabalho para a Universidade. Ela tinha um tempo exíguo para cumprir o trajeto, e me prontifiquei a ajuda-la. O dia, no DF, era marcado pela greve dos metroviários. Os servidores paralisaram grande parte dos vagões e fecharam um bom número de estações. Consequência: os ônibus, que já vivem cheios, estavam lotados e, provavelmente, todo brasiliense que possui carro na garagem colocou o veículo na rua. Resumo da ópera: o trânsito virou um verdadeiro caos.

Tentei sair do Guará 1 pela EPGU, mas o trânsito estava parado já em frente à Feira do Guará e, de acordo com uma motorista que ficou parada a meu lado por alguns minutos, a informação era de que o trânsito estava daquele jeito até o centro da cidade. Carro parado, abri o Waze no celular e confirmei a informação. Pelo Rádio, ligado em um programa matinal que fala da situação do trânsito com participação dos ouvintes, ouvi alguém comentar que na EPTG as faixas exclusivas para ônibus estavam liberadas, o que ajudava o trânsito a fluir. Fiz, então, o primeiro retorno e rumei para a Estrada Parque Taguatinga.

O trânsito na EPTG estava realmente um pouco melhor, mas ainda assim bem congestionado. Segui por ali mesmo até o destino, na L2 Sul. No fim das contas, percorri 15 quilômetros em cerca de uma hora e meia. Como sai de casa bem mais cedo do que o que seria ideal, consegui não chegar atrasado à UnB. Mas ouvia pelo rádio as notícias de que o trânsito, na cidade, estava um caos generalizado.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

Pequena dobrável para rodar o Brasil e o mundo

A pequena notável ao lado é a Dahon Formula S18, bicicleta dobrável com rodas de 20”, sistema Shimano de 18 marchas, freios a disco mecânico marca Avid, pneus Schwalbe com anti furo, tudo isso em menos de doze quilos e que cabe em uma mochila.

Com alguns pequenos upgrades (principalmente a mudança para freios hidráulicos), que pretendo confiar a meus amigos da Bike Brothers, é em cima de uma dessas, à venda nos EUA por U$D 1,400 (infelizmente não existe para venda no Brasil!) que pretendo realizar o projeto que apresentei no blog na última sexta-feira (4), “Um pedal, 192 capitais”. E também o projeto 101 Pedais, pela BR-101, que pretendo resumir em um post nos próximos dias.

A Dahon fabrica dobráveis há mais de 30 anos. Suas bikes são resistentes e, mesmo as de rodas menores, têm performance de “gente grande”, principalmente esse modelo, com 18 marchas, performance baseada, em grande parte, em razão da coroa maior, com 53 dentes. Já tive dois modelos. São extremamente confiáveis e confortáveis. E práticas, muito práticas. Dobradas e acondicionadas na mochila apropriada, podem ser guardadas em qualquer canto ou acompanhar o ciclista no avião, no trem, no metrô, no ônibus, na balsa, etc.

As dobráveis são bikes perfeitas para o ciclismo urbano, para o uso como meio de transporte diário, por sua facilidade de interação com outros modais de transporte e a necessidade de pouquíssimo espaço para ser guardada.

Uma dobrável como essa, com qualidade de sobra para aguentar o tranco de uma viagem extremamente longa é só o que me falta, na verdade, em termos de equipamento (sei que para quem não tem condições é muita coisa!), para que eu possa começar a planejar a logística do pedal pelo mundo, e possa enfim marcar a data da partida. A mochila, inclusive, eu já tenho... falta pouco....

terça-feira, 8 de abril de 2014

Curtas sobre mobilidade urbana e ciclismo (2)

Crédito para compra de carro

O Correio Braziliense divulgou, em matéria publicada no último sábado (5), que o governo federal, via Caixa Econômica Federal, vai abrir linha de crédito exclusiva para que 18 milhões de clientes possam adquirir automóveis. Claro que a pressão vem das poderosas montadoras. Tanto que a iniciativa foi elogiada pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), para quem “a iniciativa dará um novo gás às montadoras, que vêm sofrendo com a retração do consumidor e acumulam nos pátios um estoque suficiente para 48 dias de vendas”.

Continuamos assistindo o desenrolar de uma retrógrada política rodoviarista, com construções de viadutos, pontes, alargamento de pistas e outras iniciativas sempre com foco na locomoção automotora individual, como essa linha de crédito para compra de carros. Se nossos administradores não prestarem atenção aos exemplos de várias cidades mundo afora, que acabaram entendendo que a solução é partir para o caminho inverso – transporte público coletivo e transportes alternativos como a bicicleta – nosso caminho certo será o caos, e o trânsito mais um bueiro para desperdício do mediano crescimento econômico que o país experimenta.

Pergunta para o governo: e o IPI para bicicletas, não dá para baixar?

Bicicletaço no Senado

Na segunda-feira (7), Dia Mundial da Saúde, um grupo de servidores do Senado Federal foi para o trabalho de bicicleta. O objetivo do chamado “bicicletaço” foi chamar a atenção para a necessidade de criar / adequar instalações na instituição para permitir e estimular o uso da bicicleta como meio de transporte.

SobreOOrodas vai acompanhar os resultados desse movimento, até como forma de incentivar bicicletaços em outros órgãos públicos.

Esporte no fim de semana

Brasília foi palco de dois eventos esportivos de maior destaque no último fim de semana, ambos no domingo. No Desafiando Limites, um grupo de mountain bikers partiu da capital e pedalou, pelo meio do mato, até Pirenópolis, cidade goiana localizada a 100 quilômetros. O espírito não foi de competição, mas de comunhão. De superação pessoal, resistência e muito companheirismo, conforme relatos de participantes.

No Pontão do Lago Sul aconteceu o IronMan 70.3. A prova, que totalizou mais de 113 quilômetros (divididas em natação, ciclismo e corrida), foi vencida, no masculino, por um britânico em menos de quatro horas. A nota triste foi o falecimento de um atleta amador gaúcho, que após concluir a prova morreu em consequência de um choque elétrico em uma estrutura metálica montada pela organização do evento.

Dinossauros

Enquanto o governo abre crédito para possibilitar a inclusão de 18 milhões de veículos nas ruas brasileiras, alguns “dinossauros” continuam circulando pelas nossas cidades. Em alguns casos, como os abaixo retratados, tratam-se de veículos bem antigos, mas aparentemente bem conservados. Prova de que, se bem cuidados, automóveis têm vida longa. Esses são os” dinos do bem”.

Mas a realidade que vemos Brasil afora (ou adentro) é bem diferente. Os “dinos do mal”. Muitos automóveis velhos trafegam sem mínimas condições de segurança, extremamente mal conservados.

Não seria o caso de regulamentar o tema e aplicar efetivamente as normas, impondo condições mínimas de trafegabilidade para os automóveis? Em outras palavras, pelo bem comum, segurança de todos e em prol do trânsito, não seria o caso de tirar esses carros de circulação?

Ou a ideia é essa mesmo: incentivar a inclusão de veículos novos nas ruas, e não tirar os antigos?

A seguir, imagens de alguns belos exemplos de "dinossauros" que circulam por Brasília.







sexta-feira, 4 de abril de 2014

Um pedal, 192 capitais

Estou fazendo todo o possível para conseguir, até 2016, dar o primeiro passo (ou a primeira pedalada) para o grande projeto da minha vida. “Um pedal, 192 capitais” pretende ser um retrato, um instantâneo em movimento da realidade das capitais de todos os países reconhecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ou de todas possíveis. Com foco na mobilidade urbana – ou na imobilidade (em certos casos), pretendo conhecer e divulgar as boas experiências e também o que não funciona na área de transporte e locomoção humana, mundo afora.

Quero mostrar o poder da bicicleta como meio de transporte capaz de rodar o mundo, mas revelar também o poder da intermodalidade e dos demais meios de locomoção existentes, característicos de cada região do planeta, os mais diversos possíveis: aviões, helicóptero, trens (desde lentas locomotivas antigas aos velozes supertrens), ônibus, metrô, motos, carros (a gás, elétricos e outros), balsas, navio, carroças, riquixás, elefantes, etc.

Também pretendo experimentar a cultura gastronômica (mais uma grande paixão minha) de cada país visitado, e outras características marcantes (religião, música, artesanato, vestimenta, etc), com o intuito de tentar traçar identidades e disparidades culturais. Descobrir em que aspectos podemos dizer que somos realmente um mesmo povo - apenas com línguas diferentes e habitando regiões distintas -, e em que pontos somos povos totalmente distintos, desiguais culturalmente.

A ideia é produzir diariamente material fotográfico, em vídeo (imagens e entrevistas com os locais) e em texto para divulgação no blog e no youtube, e tentar espaço em canais de TV por assinatura para produção e veiculação de um programa semanal.

Equipamentos

Já estou reunindo os equipamentos que preciso: câmeras fotográficas e de vídeo (Full HD), GPS, mapas digitais, notebook. Só falta a bike ideal: uma bicicleta dobrável (provavelmente uma Dahon Jetstream ou Formula S18), resistente, robusta mas excepcionalmente prática, e com pneus da marca alemã schwalbe (com antifurto). Até tentei conseguir arrecadar dinheiro em um site de financiamento coletivo para comprar essa bike, mas só consegui arrecadar R$ 100,00, fruto da generosidade e da crença da minha querida amiga e competente jornalista Adriana Romeo. A crença que ela depositou em mim deu-me forte impulso para tocar o projeto. Seu investimento ficou para mim como a moeda número 1 do Tio Patinhas. O símbolo do começo de tudo.

Dentro das cidades

A diferença deste projeto para o de outros cicloviajantes, como falei outro dia, é que pretendo usufruir da intermodalidade para ir de uma cidade a outra. Explico: a ideia é pedalar apenas “dentro” das cidades, e não nas estradas entre as cidades. Não pretendo fazer o trajeto entre uma e outra cidade de bicicleta. Para isso, quero usar os meios de transporte usuais de cada país ou região. Assim, na Europa, por exemplo, após pedalar de três a cinco dias pelas ruas de Lisboa, pego um trem até Madrid. Após pedalar na capital espanhola, embarco novamente em um trem, rumo a Paris, para mais três dias de pedal. Depois Londres, etc. Onde não houver trem, poderei me locomover de navio, avião, ônibus, balsa ou qualquer outro meio de transporte, como os citados acima.

Pedalando por até cinco dias em cada uma das 192 capitais – em média 30 a 50 quilômetros por dia, devo ficar quase três anos sobre duas rodas, num passeio “sem parada” de mais de 40 mil quilômetros.

Como “subprodutos” do projeto que podem render o tão necessário patrocínio para essa “loucura”, posso explorar resistência e qualidade de equipamentos como bicicleta, pneus, componentes, roupas específicas, equipamentos de foto e vídeo, etc.

Além do patrocínio - que não é de todo fundamental, mas pode fazer toda a diferença para o sucesso do projeto e a produção dos materiais de divulgação (blog, vídeos, programa para TV, livro fotográfico, e futuras exposições sobre a viagem) -, o grande desafio, o maior problema a ser resolvido, e que ainda não consegui sequer imaginar como resolver, é como farei para “entrar” em todos esses países. Toda essa coisa de passaporte e vistos e autorizações. Mas ainda tenho muito tempo pela frente para encontrar uma solução.

"Um pedal, 192 capitais" é O Projeto. Pode parecer “meio” lunático, meio ingênuo, meio bobo, meio non sense, mas acredito nele. Acho que pode render excelente material de estudo e pesquisa. O que me falta em dinheiro me sobra em fé, em crença e em coragem. Sobre duas rodas, descobri meu lugar no mundo. Meu papel. Minha missão. E, como escrevi lá em cima, vou fazer todo o possível para conseguir concretizá-lo.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Invenções e novidades para bikes

Morpher, capacete dobrável
Um ciclista inglês – que já sofreu acidente de bicicleta e diz que foi salvo exatamente pelo capacete – criou um invento bastante interessante para o ciclista urbano. O morpher é um capacete dobrável, rígido e seguro como qualquer outro capacete, mas muito mais fácil de ser guardado em mochilas, sacolas ou pastas, quando não está em uso. Pelo que li a respeito, se o acessório chegar ao Brasil, e em preço acessível, vale a pena experimentar.

O ciclismo ainda tem campo para muitas invenções e muitas novidades. Admito que sou um apaixonado pelas bikes dobráveis, que hoje são extremamente confiáveis, robustas, duráveis e confortáveis. Já tive duas pequenas dobráveis, da marca Dahon, e espero realizar meu projeto de pedalar por todas as capitais do mundo numa dessas fantásticas bicicletas. Existem outras marcas de ótima qualidade, como as Brompton inglesas e as Tern.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Encarar a selva de pedra é a aventura do ciclista urbano

Nem sempre fui um “comportado” ciclista urbano, que não se aventura em trilhas pelo meio do mato. Já encarei muitas pirambeiras. Já desci e subi morros íngremes. Cruzei pinguelas. Pedalei sobre barro molhado e terra seca e solta. Já encarei pedreiras e cascalheiras. E fazia isso sozinho, numa época em que não existia telefone celular. É uma adrenalina louca. Viciante mesmo. Assumo que foi bem difícil de largar. Mas acabei abandonando o mountain bike. E passei a encarar apenas a selva de pedra.

Mas muitas vezes, na minha atual constante movimentação pela cidade, lembro bem como era ser “trilheiro”. No meu trajeto diário casa/trabalho trabalho/casa encaro tantas subidas e descidas de calçadas, pistas e calçadas esburacadas, pedais sobre gramados, poças de água, beiras de pontes, que a adrenalina – que já fica eriçada por conta da aventura de enfrentar o trânsito com seus ônibus e carros e caminhões e motos – atinge quase os mesmos níveis de quando eu enfrentava terra e pedra pelos arredores de Brasília.