sexta-feira, 9 de maio de 2025

10 anos depois, SobreOORodas está de volta

Uma década. Esse foi o tempo que fiquei sem pedalar pela cidade. Foram 10 anos sem usar a bicicleta como meio de transporte diário. Nesse tempo, tive três motos. E, de pouco mais de um ano para cá, fiquei sem nenhum veículo particular. Nesse período, voltei à rotina de caminhar e usar o transporte público – principalmente ônibus e metrô – para me movimentar pela cidade. Eventualmente, em situações muito pontuais, usei também carros de transporte por aplicativos, mas realmente em pouquíssimas situações.

E deixa eu te contar: voltar a subir numa magrela, depois de tanto tempo, é como reencontrar um grande amor do passado. Um êxtase. Pode até parecer estranho, mas no primeiro pedal que eu fiz nesse retorno, cheguei a me emocionar de verdade. É sério!

Agora, o mais curioso é que senti como se nunca tivesse parado de pedalar. É como se só tivesse deixado a magrela na oficina, pra uma revisão mais longa. E logo já estava de volta ao meu lugar no mundo. Nem a famosa dor nos glúteos senti, mesmo dando um pedalzinho de 20 quilômetros pra comemorar o retorno.

Como eu sempre digo quando conto minhas histórias sobre pedal e sobre mobilidade: sou um ser de duas rodas. Pedalo desde os cinco ou seis anos de idade, e poucos períodos na minha vida eu não tive uma bicicleta como companheira de vida e de rolês. Tive as três motos que falei há pouco, uns seis ou sete carros, mas tive umas dez bicicletas, no mínimo, em toda minha vida. Talvez, pensando agora, esses dez anos talvez tenha sido mesmo o maior período que fiquei sem bicicleta e sem pedalar.

Mas o fato é que voltei. Voltei a ser um ser sobre duas rodas. Voltei a me locomover pela cidade usando força motora. Estou completo de novo.

E, claro, voltando a pedalar, volto a escrever sobre ciclismo urbano e sobre mobilidade em geral.

Os textos vão continuar sendo publicados aqui no blogspot, mas a partir de agora vão estar disponíveis também em áudio, lá no Spotify.

E já adianto que, após alguns poucos pedais pela cidade, esses 10 anos que passaram não trouxeram grandes evoluções na mobilidade em Brasília, não. Construíram muitos quilômetros de ciclovias, é verdade, mas me parece que ainda com a mentalidade de proporcionar lazer aos cidadãos. E não com uma visão sistêmica, uma visão mais séria de mobilidade, do uso da bicicleta e do patinete ou mesmo do pedestrianismo como meios de transporte, mesmo.

Mas isso é tema para um próximo post.

Por hoje, só estou comemorando com vocês meu retorno ao selim da bike e aos textos do SobreOORodas.

Até o próximo post! E acompanhe SobreOORodas também no Spotify

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