terça-feira, 17 de junho de 2014

Na Copa de bike

Duas duplas de ciclistas – uma norte americana e uma mexicana - são personagens de duas histórias interessantes que deveriam entrar para os anais da Copa do Mundo de 2014. Como essas, espero que outras aventuras sobre duas rodas estejam acontecendo Brasil adentro.



EUA

Nada de avião ou ônibus. Os norte americanos Jack Yeaton e Heinrich Flaig decidiram vir para o Brasil ver a Copa em cima de suas magrelas. Alunos da Universidade Estadual do Colorado, resolveram atravessar as Américas para vir ao Brasil ver sua seleção jogar. Em oito meses de viagem, passaram por México, Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, Panamá, Colômbia, Peru e Equador.

Além do jogo de ontem entre EUA e Gana, a dupla tem ingressos assistir às 19h da próxima quinta (19) o jogo Japão x Grécia. Para conseguir manter a viagem, os americanos mantém uma rotina bastante regrada, gastando cerca de US$ 10,00 por dia, e carregam apenas o básico: mapas, produtos de higiene pessoal, garrafas de água e pequenas quantias de dinheiro.

Depois de mais de 10 mil quilômetros rodados de bicicleta, nada de avião ou ônibus. A dupla pretende voltar para casa de navio.

México

Hector Maldini e Edgar Gari viajaram mais de seis mil quilômetros, desde Monterrey, no México, para assistir à Copa do Mundo de 2014. Hector era engenheiro agrônomo e Edgar era soldador. Os dois deixaram seus empregos e partiram para a aventura. Viajam com pouco dinheiro. Para ajudar nas despesas, fazem artesanato para vender e exibições de malabares.

Os mexicanos passaram por países da América Central, por Colômbia e Venezuela até chegarem ao Brasil, entrando no país por Roraima. Chegaram ao país sem ingressos, mas querem tentar assistir ao jogo seleção do México em Recife, no dia 23 de junho.

Pequenos Ernestos

Quantas experiências, quanta aventura, quanto de vida essas duplas não conheceram. Do mundo, das pessoas, dos lugares, e de si mesmos. Guardadas as devidas proporções épicas, históricas, políticas, temporais, etc. lembram um pouco a coragem e audácia do herói argentino Ernesto "Che" Guevara e seu amigo Alberto Granado que em 1952, de motocicleta, viajaram mais de 12 mil quilômetros para desbravar, conhecer e, de certa forma, mudar a si mesmos e à América Latina.

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