segunda-feira, 1 de setembro de 2014

E se os candidatos ao GDF nos acompanhassem num pedal?



Um diz que fez muito, outro lembra que fez um pouco e planejou muito, um terceiro afirma que ainda não teve chance, mas que vai fazer. O fato é que, para quem escolheu a bicicleta como meio de transporte em Brasília, parece que nenhum dos candidatos ao Buriti conhece realmente a questão da (ausência de) mobilidade urbana, principalmente para quem se locomove sobre duas rodas.

Nessa campanha eleitoral, já vi candidato passeando de ônibus, visitando obras em viadutos e em novas pistas para automóveis e coletivos. Mas ainda não vi nenhum candidato andando de bicicleta pela cidade. Os postulantes ao governo do DF não sabem o que passamos para cruzar as BRs e Estradas Parques para chegar ao trabalho e voltar para casa, diariamente.

Daí a sugestão para os colegas do pedal. E se convidássemos os principais candidatos ao governo do DF para nos acompanhar, uma manhã dessas, no trajeto casa-trabalho? Podíamos combinar, por exemplo, um grupo saindo de Ceilândia, já acompanhados dos candidatos e pelos veículos de comunicação (que também seriam convidados). Aí, pelo caminho, ciclistas de Taguatinga e logo adiante de Águas Claras se juntavam ao pelotão. Mais adiante, os colegas do Guará também se uniriam ao grupo. O pelote seguiria até o Buriti ou a Rodoviária, onde poderíamos parar e conversar com os candidatos, para falar do pedal realizado, relatar os principais problemas e apontar soluções.

Os candidatos poderiam fazer o trajeto de bike, em tandens com colegas ciclistas ou até em motos ou carros. O importante é que eles sintam na pele, in loco, o que passamos todos os dias e o quanto falta fazer. E que tenham uma noção de quantos somos, quem somos, o que queremos e o quanto podemos ajudar.

Um movimento apartidário. Sem bandeiras de candidatos. Com respeito à pluralidade. Uma forma de reforçar a importância do tema mobilidade urbana e mostrar que os ciclistas estão cada vez mais organizados e conscientes de seu papel na sociedade.

Alguém se habilita a levar essa ideia adiante?

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