segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Balsas no Lago Paranoá: loucura ou alternativa viável?


modelo de balsa para transporte de carros e pedestres
Rio de Janeiro, Porto Alegre, Santos, Nova York, Londres. Estas são apenas algumas cidades que disponibilizam no cardápio de opções de transporte coletivo público o sistema de balsas. De diversos tamanhos, perfis e finalidades, servem para ajudar na travessia de rios, lagos ou mesmo trechos marítimos. Existem desde as maiores, que transportam carros e até caminhões, às construídas especificamente para o transporte de pessoas.

Pode parecer loucura ou despropósito, mas nunca ouvi alguém levantar a discussão sobre a possibilidade (ou inviabilidade) do uso de balsas no Lago Paranoá, em Brasília. Esse modal de transporte nunca foi aventado, pelo menos que eu saiba.


Moradores dos Lagos Norte e Sul, Setor de Mansões, Paranoá e adjacências poderiam se beneficiar de um transporte intermodal formado por ônibus circulares que levariam os usuários até ancoradouros construídos para as balsas, e do outro lado – na área central do lago, o mais próximo possível da região da Esplanada -, ônibus aguardariam para seguir viagem, por exemplo, até a rodoviária do Plano Piloto. Nos ancoradouros poderiam existir estacionamentos públicos com segurança, para os usuários que preferissem seguir até a balsa de carro.

As balsas seriam apenas para transporte de pessoas e ciclistas, e entraria na integração com o sistema de ônibus circular e metrô. As áreas que se beneficiariam de um sistema como esse somam mais de 150 mil habitantes, além de uma população que trabalha nessas regiões.

Um sistema de balsas bem planejado e executado poderia “retirar” do trânsito nas pontes do Bragueto e das três pontes da asa sul uma quantidade considerável de automóveis, sem a necessidade de construções de mais pontes sobre o lado ou mais ampliações de pistas aqui ou ali.

Pode ser loucura. Mas alternativas interessantes podem surgir da discussão de ideias mirabolantes.

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