quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Organização e planejamento para tocar o dia a dia sobre duas rodas


Garagem do TRT-10: bike presa no paraciclo
Na entrevista que concedi à TV Justiça recentemente sobre meu dia a dia de usuário de bicicleta como meio de transporte principal, a colega jornalista perguntou-me como organizo a logística da coisa, uma vez que trabalho em dois empregos e, em ambos, vestindo terno e gravata.

Assumo que não é algo simples, e que dá um certo trabalho. O tema, inclusive, traz de volta à tona o post que escrevi esses dias sobre os ensinamentos que podemos absorver da vida sobre duas rodas. Isso porque, para que as atividades mais complexas que realizamos em nossa vida cotidiana, pessoal ou profissional sejam bem sucedidas, é preciso planejamento e preparação prévia, se possível.

E é exatamente esse o caso. O planejamento e a preparação são a chave do sucesso.


O pedal de hoje começou a ser organizado ontem. A mochila com todos os itens que vou usar no dia presente foram organizados e acomodados na mochila na noite anterior. A caramanhola (garrafa) com água foi colocada para gelar. As baterias das lanternas foram conferidas, bem como outros itens da bicicleta. A roupa para ciclismo foi separada, e o lanche foi preparado.

Acordo diariamente por volta das 6 horas. Tenho trinta minutos para fazer a higiene matinal, preparar o café, vestir a roupa de ciclismo, concluir a mochila com lanche, café e partir, para chegar ao trabalho pouco depois das 7 da manhã, hora que abre a garagem do TRT-10, onde trabalho no período matutino.

Gasto trinta minutos, em média, para chegar ao TRT. Chegando à garagem, prendo a bike no paraciclo e vou para o vestiário. Tomo uma ducha, visto a roupa de trabalho (calça, cinto, camisa e gravata) e guardo a de ciclismo na mochila. São uns 10 minutos nesse processo.

Perto das 13 horas, é tempo de partir. Desço à garagem e vou para o vestiário. Guardo a roupa de trabalho na mochila e visto a roupa de ciclismo. Do TRT-10 ao STF são dois quilômetros, ou menos de quatro minutos de pedal. Na garagem do STF prendo a magrela no paraciclo e vou me trocar no vestiário, mesmo procedimento que executei horas antes quando cheguei ao TRT.

Pouco depois das 19 horas é momento de partir. Vou ao vestiário, visto roupa de ciclismo, guardo roupa de trabalho na mochila e parto para casa. Gasto algo em torno de 40 minutos no percurso de volta até o Guará 1.

Chegando em casa, é hora de pendurar no varal a roupa de ciclismo, desfazer a mochila e já preparar a logística para o pedal do dia seguinte.

Esse é, em resumo, meu dia a dia sobre duas rodas.

A mochila

E o que levo na mochila? Além de calça, camisa, gravata, cueca, meia e cinto – dobrados juntos de um jeito especial para que nada se amasse – levo toalha, sabonete líquido, desodorante, perfume e lenços umedecidos. Levo sacos plásticos para as roupas usadas. Carrego, ainda, objetos pessoais como tablet, carregador extra para celular, canivete, crachás, chave de casa, documentos e outras miudezas. Para reduzir a mochila, tenho um par de sapatos e paletós de terno em cada tribunal.

A mochila comporta ainda uma garrafa de café e o lanche da manhã (devidamente acondicionado em saco próprio), porque quando chego ao TRT-10, poucos depois das 7 da matina, ainda não tem café ou lanchonete aberta.

Nenhum comentário:

Postar um comentário