quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Projeto pessoal de mobilidade por bike começa com a primeira pedalada

Eixo Rodoviário fica fechado para carros aos domingos e feriados
Concordo que, em Brasília e no Brasil, não é fácil usar a bicicleta como principal meio de transporte. No caso específico do DF, não temos ciclovias ligando as cidades ao centro do Plano Piloto – o que nos obriga a disputar as ruas com carros, motos e ônibus –, as empresas e órgãos públicos não oferecem estrutura (bicicletários e vestiários) para que seus servidores usem a bike no dia a dia, e ainda temos a eterna questão da falta de segurança.

Posso garantir, contudo, que a mobilidade urbana por bicicleta é possível. É viável. E vale a pena! Mas não é fácil começar, dar o primeiro passo (ou, no caso, a primeira pedalada).

Muitas pessoas, principalmente em meu local de trabalho, pedem dicas e me perguntam como eu faço. Relato, a seguir, o que tenho dito a esses interessados.


Inicialmente, é preciso adquirir resistência física. Para isso, uma boa dica é começar a caminhar ou correr, ou mesmo pedalar (se você já tiver uma bicicleta), nos fins de semana. Nos domingos e feriados, o Eixo Rodoviário é totalmente bloqueado para os carros. Também nesses dias, uma ciclofaixa no Eixo Monumental fica disponível para os ciclistas. Outras opções são os parques locais, como o Parque da Cidade, na Asa Sul. Que eu tenha conhecimento, apenas o Parque Olhos d’Água, no final da Asa Norte, não permite a entrada de bicicletas.

Depois, é preciso pensar em equipamento. O principal é uma boa bicicleta. As mais sugeridas são as ‘urbanas’ e as mountain bikes, preparadas para suportar o asfalto irregular e esburacado de nossas vias, as constantes subidas e descidas de calçadas, alguns gramados, etc.

Brasília possui muitas lojas especializadas em bicicletas. O ideal é pesquisar e, se possível, experimentar os produtos à disposição – existem tamanhos variados de quadros, de rodas, de número de marchas, de suspensão –, para encontrar uma bicicleta que se adeque ao biotipo do cliclista.

Bike escolhida, é hora de pensar nos acessórios obrigatórios, como capacete, óculos, luzes dianteira e traseira, buzina, espelho retrovisor e garrafa de água (chamada também de caramanhola). Cada um desses equipamentos tem sua importância para garantir uma pedalada segura pelas vias urbanas. Em posts futuros, pretendo falar com mais detalhes sobre cada um desses componentes.

Se no local de trabalho existir banheiro com ducha, o ciclista pode levar uma mochila com sua roupa de trabalho (incluindo roupa íntima), mais toalha (as chamadas toalhas geladas são uma ótima opção), sabonete e desodorante. Na ausência de chuveiro, a alternativa é usar lenços umedecidos para uma higiene mais básica, antes de vestir os trajes profissionais.

Aí, é só marcar uma data para começar o projeto e botar o pé no pedal.

No mais, é ter persistência e não desanimar frente aos constantes desafios (que com certeza vão surgir!). Em pouco tempo, o esforço começará a mostrar resultados: aumento de disposição e de vigor físico, perda de peso (com qualidade), e ainda economia (se o ciclista andava de carro, vai reduzir o consumo de gasolina e manutenção do veículo) entre outros benefícios.

Os chineses dizem que toda viagem, mesmo que extremamente longa, começa com um primeiro passo. No caso, posso afirmar que todo projeto de mobilidade por bicicleta começa com uma primeira pedalada!

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