quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Transporte ferroviário urbano de passageiros: porque não?

Quantos cidadãos se locomovem, diariamente, entre Valparaíso (GO) e o Plano Piloto de Brasília? E entre o Núcleo Bandeirante e o centro da cidade? Milhares, com certeza. Pessoas que saem cedo de suas casas, dirigem-se ao Plano pela manhã, passam o dia no centro, e retornam para suas casas apenas à noite.

Para cumprirem esse percurso (ida e volta), essas pessoas só têm duas alternativas: ou pegam ônibus, ou utilizam veículo próprio. De Valparaíso para o Plano, de carro, pela BR-040, gasta-se coisa de 45 minutos, quando não há congestionamento. De ônibus, é mais de uma hora de viagem.

Pois quando olhamos o mapa multimodal do Distrito Federal do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), o que vemos ligando esses pontos? Ferrovias. Linhas de trem. Prontas e em uso. E aí vem a pergunta: por que não se usar o transporte ferroviário para o deslocamento de trabalhadores, ao menos nos horários de maior movimentação?

A ideia seria oferecer à população trens saindo de Valparaíso, passando pelo Núcleo Bandeirante e pelo Guará, e concluindo o trajeto na antiga Rodoferroviária, de onde haveria ônibus circulares em quantidade – descendo e subindo o Eixo Monumental –, apenas nas horas em que funcionasse o sistema férreo de transporte de passageiros.

Ainda olhando o mapa do DNIT, vemos que está em fase de construção um trecho ferroviário que passa por Sobradinho, Varjão e Torto, e desemboca na antiga Rodoferroviária. Esse trajeto também poderia ser usado, nos mesmos moldes, para transporte de passageiros, nos mesmos horários de deslocação mais intensos.

Para o Estado, com certeza a utilização de malha ferroviária já construída (ou em construção) seria mais barato de que construir metrô ou qualquer outro tipo de transporte coletivo. Bastaria colocar à disposição algumas composições para transporte de passageiros, em horários específicos.

Projeto simples, mas com potencial de trazer enorme benefício a todo sistema de mobilidade urbana do DF, que teria menos veículos nas ruas, principalmente nas horas de maior movimentação.

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