sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Carnaval: tempo de folia ou descanso com responsabilidade

Chegou o carnaval. Quatro dias de muita folia Brasil afora. Samba no pé, muito axé, maracatu e frevo. E muita bebida. Sem dúvida, esse é um dos feriados mais esperados por todos os brasileiros. Mas nem todos pelos mesmos motivos. Enquanto muitos querem se esbaldar na avenida, outros preferem aproveitar o feriado para estudar, para descansar, para rezar ou para praticar esporte. Os quatro dias do carnaval se prestam para todos os gostos e vontades.

Nesses dias, muitos brasilienses enchem os parques de Brasília (Parque da Cidade, Parque do Sudoeste, de Águas Claras, Olhos d’Água e outros), fugindo da bagunça e aproveitando os dias de folga para fazer um churrasco, “tomar um sol”, caminhar, fazer esportes, pedalar ou apenas passear e curtir a família. Já os atletas mais experientes vão para as ruas e avenidas, fazer pedaladas ou corridas mais longas. São formas de descansar a mente da correria do trabalho, e de curtir merecido repouso.

O único senão do feriado é que alguns foliões acabam misturando bebida com direção. E o resultado disso, como bem se sabe, muitas vezes é altamente desastroso.


No carnaval, a dica é usar ciclovias para correr ou pedalar
Então, mesmo sabendo que falo o óbvio, lembro a importância de evitar dirigir após ingerir álcool ou fazer uso de qualquer substância psicotrópica. E digo dirigir carros, motos ou bicicletas. Aos ciclistas e corredores de rua, a dica é preferir fazer a atividade física em parques ou ciclovias, para evitar os motoristas alcoolizados.

Porque as amplas ruas e avenidas da capital federal, esvaziadas, parecem convidar motoristas sob efeito do álcool a pisarem com mais força no pedal da direita. Com isso, além de colocarem em risco suas vidas e a de seus passageiros, esses motoristas arriscam as vidas de pedestres e ciclistas. Pessoas que, muitas vezes, só querem distância da agitação momesca.

Sem contar com os mais irresponsáveis, que quando bebem se tornam agressivos.

Lembro que, em um feriado de carnaval há coisa de cinco anos, pedalava eu pela Avenida das Nações, numa bela tarde de sol, pista quase deserta, quando passa por mim um veículo com quatro jovens, gritos e música alta saindo pelos vidros abertos. Não mais que de repente, o jovem que estava no banco direito de trás arremessa uma garrafa de vidro em minha direção. A garrafa, que se transformou em arma, deve ter passado a cerca de 1 metro da minha cabeça. Ou seja, por pouco não me acertou, o que poderia ter sido fatal, visto que eu pedalava a uns 30 quilômetros por hora.

Outra vez, voltava eu para casa de um pedal em um fim de tarde, também no feriado de carnaval. Já chegando à quadra em que morava, pela L1 Sul, desacelerando o ritmo das pedaladas, um carro que se aproximava de mim acelerou em minha direção e disparou a buzina, com o claro intuito de me assustar. Na sequência, o carro saiu em disparada pela via, e ainda pude ouvir as gargalhadas dos jovens que estavam no veículo.

Pura violência gratuita. Irresponsável e inconsequente. Mas que infelizmente acontece mais do que gostaríamos. Então, vamos tentar nos divertir, descansar, passear, rezar ou pedalar em paz, com responsabilidade e respeito pelo próximo.

Bom carnaval para todos!

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