Duas notícias publicadas nos jornais desta quinta-feira (13) trazem esperança de dias melhores para quem, como eu, se locomove diariamente por bicicleta ou por meios de transporte coletivo. Matéria do Correio Braziliense informa que o DF vai receber, do governo federal, R$ 1,5 bilhões para obras de mobilidade urbana. O jornal Zero Hora (RS), por sua vez, revela que o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul determinou à prefeitura de Porto Alegre que cumpra a lei que determina a aplicação de 20% dos valores arrecadados com multas de trânsito na construção de ciclovias e em programas educativos sobre o uso de bikes.
DF
No DF, diz a notícia, o dinheiro vai ser usado para a construção do Eixo Norte do Expresso DF, a elaboração do trecho sudoeste da obra, a compra de 10 trens do Metrô e a construção de mais três estações na Asa Sul.
R$ 1,5 bi não é pouco dinheiro. A matéria, inclusive, lembra que a o DF já recebeu R$ 2,5 bi para mobilidade. Bem aplicado, o montante pode dar início a um projeto definitivo de mobilidade urbana, com atenção no presente e foco no futuro. Cabe ao cidadão acompanhar o correto uso dos recursos para o fim ao qual se destinam, e pressionar para que sejam feitas obras definitivas que apontem na direção da solução do problema de mobilidade. E torcer para que não se continue priorizando soluções paliativas e com forte apelo eleitoreiro.
A parte ruim da notícia é que não li nada a respeito de investimento em ciclovias (com foco na locomoção e na mobilidade urbana, e não essas calçadas travestidas de ciclovias que o GDF está fazendo por toda a cidade e que servem basicamente para lazer).
Porto Alegre
Já em Porto Alegre, o dinheiro deve servir para dar continuidade à construção de ciclovias na cidade. O Plano Diretor Cicloviário da capital gaúcha prevê 395 quilômetros de ciclovias no município, que até o momento só conta com 20 quilômetros e pretende chegar ao final de 2014 com 50 quilômetros, conta a matéria do Zero Hora.
A administração municipal deve aplicar, nos próximos quatro anos, R$ 6,5 milhões que deixaram de ser investidos entre 2009 (ano da edição da lei) e 2012, e passar a aplicar em ciclovias, regularmente, 20% do total arrecadado com as multas de trânsito, previstos na norma.
Se Porto Alegre conseguir tirar do papel o projeto de construir os previstos 395 quilômetros de ciclovias (com foco na mobilidade urbana, e não em lazer), vai dar um salto de qualidade em termos de trânsito, uma vez que o próprio jornal Zero Hora tem revelado, em diversas matérias, a verdadeira paixão do portoalegrense pelas magrelas de duas rodas.
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