segunda-feira, 31 de março de 2014

Dicas (muito) básicas de alimentação para o ciclista amador

Barras de cereais: boas companhias para o ciclista
Outro dia conheci uma senhora, funcionária numa agência dos Correios, que me contou uma história curiosa. Eu tinha ido buscar um par de pneus de bicicleta que comprei por meio da internet. Quando ela viu do que se tratava, perguntou se eu era ciclista e, diante de minha resposta afirmativa, puxou conversa. Disse-me que também gostava muito de pedalar. Morava ali por perto e fazia o trajeto casa/trabalho - trabalho/casa de bike. E gostava de pedalar nos fins de semana. Em suma, uma ciclista full time, um ser sobre duas rodas, como costumo dizer. Mas, confessou-me ela, ultimamente estava "meio que deixando a atividade de lado", porque vinha emagrecendo muito!

Assumo que achei engraçado. Tanta gente querendo emagrecer a todo custo, com todo tipo de dieta e horas em academias, e eu diante de alguém que vivia exatamente problema inverso. A questão dela era perda excessiva de peso.

Perguntei a ela se ela estava se alimentando adequadamente, tendo em vista sua atividade física. Se ela estava comendo carboidratos e proteínas suficientes. Ela afirmou desconhecer o assunto. Não sabia o que e nem quando comer.

No pouco tempo que pude conversar com ela, lembrei que o ciclismo, apesar do aparente viés de lazer, é uma atividade com alta demanda energética. E como tal, precisa vir acompanhada de uma alimentação balanceada e focada.


Expliquei a ela que o ciclista, mesmo o amador, a depender do seu grau de envolvimento, deve ingerir quantidades consideráveis de carboidratos e proteínas na sua alimentação diária. Os carboidratos, preferencialmente, na forma de pães (sanduíches) ou biscoitos integrais, barras de cereais e/ou frutas. E proteínas, encontradas em carnes magras, queijo branco, iogurte e leite. Comentei que ela poderia ingerir algum desses carboidratos cerca de uma hora antes de pedalar. E levar umas barrinhas de cereais, se os pedais fossem longos e mais cansativos.

Disse que para quem pedala ou pratica atividades físicas intensas, chocolates e doces, vez ou outra, são muito bem vindos. São até necessários. No mais, lembrei a ela que frutas, legumes e verduras variadas devem sempre acompanhar as principais refeições.

E água. Muita água, sempre. Durante todo o dia. Inclusive durante o pedal. Lembrei a ela da importância de levar uma garrafinha de água na bicicleta (a chamada caramanhola), e de tomar pequenos goles durante o trajeto. E, se os pedais forem mais longos, em dias quentes, ou se por algum motivo houver sudorese mais intensa, a opção de levar um isotônico também era interessante, para repor eventual perda excessiva de sais minerais.

Por fim, lembrei a ela da regrinha básica, que diz que devemos consumir uma determinada quantidade diária de calorias (balanceadas) para igualarmos com o tanto que gastamos de energia em um dia. Como o pedal aumenta nosso gasto de energia, precisamos aumentar o consumo de (bom) combustível para fazer frente a essa demanda.

Nunca mais falei com ela. Mas espero que esteja se alimentando melhor e que tenha voltado a pedalar!

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