sexta-feira, 28 de março de 2014

Pequenos prazeres que cada meio de transporte oferece

Março/2014: mais chuva do que a média histórica
Março, que em 2014 pode mesmo ser considerado o mês das águas, vai findando. De acordo com o site Climatempo, no DF, do início do mês até o último dia 26, foram 307 mm de chuva, cerca de 60% mais do que a média história para  março, que é de 189 mm.

Foi um mês em que a bicicleta ficou mais tempo em casa do que gostaria. Enquanto em meses anteriores rodei mais de 400 quilômetros por período, em março não vou chegar sequer a 300 quilômetros de pedaladas. Pancadas de chuvas muito fortes, com rajadas de vento e raios, indicaram que a opção, nesses dias, para quem pratica mobilidade urbana sem radicalismo, era partir para meios de transporte alternativos: carona solidária, ônibus, metrô e caminhadas.


Ao pedalar, enquanto curtimos o vento bater no rosto, vivenciamos uma sensação inexplicável de liberdade, uma independência, um sentimento de superação a cada pedalada, um momento de limpeza mental e emocional, a certeza do cuidado com a saúde. E observamos a cidade passar com calma, detalhe por detalhe.

Mas foi boa a alternância. É muito prazeroso curtir o que cada forma de locomoção oferece de benefício. Gosto de caminhar por Brasília, ouvindo boa música e observando / fotografando detalhes interessantes da cidade, que muitas vezes passam despercebidos por nós. Gosto de surfar no metrô lendo um bom livro ou as notícias do dia no tablet. Gosto de observar as pessoas nos ônibus lotados que circulam por nossas vias, ou fechar os olhos, com a cabeça encostada ao vidro, quando encontro assento livre. Gosto de aproveitar a carona para colocar a conversa em dia com colegas e familiares.

São formas diferentes, únicas, de ver a cidade como ela realmente é. De estar em contato com seu povo. Brasília é uma verdadeira obra de arte ao ar livre. É linda e agradável para se viver. Por seu padrão arquitetônico, parece ter mais céu do que qualquer outra cidade. Mais estrelas.

Quando não se está com a atenção presa ao veículo da frente, com luzes e carros por toda volta, com vidros fechados e ar condicionado ligado, pode se viver a cidade de uma forma muito mais plena.

São momentos que permitem ao cidadão sintonizar e se conectar mais profundamente com a cidade. Com o planeta. Com as pessoas. E mais do que tudo, e principal: consigo mesmo.

Um comentário:

  1. concordo plenamente. .. ao andarmos em nossos próprios carros nos estressamos muito e não percebemos o que tem a nossa volta. Todos os meios de transporte tem seus prós e contras... os meios de transporte publicos e coletivos quando lotamos nos estressam um pouco também, outro tipo de stress.

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